Fábrica do fusca no Brasil em 1959
VOLKSWAGEN NO BRASIL
A 23 de março de
1953, com um capital inicial de 60 milhões de cruzeiros, a VW fundou sua
filial brasileira. Em novembro de 1957 estavam prontas suas instalações
no município paulista de São Bernardo do Campo. Com a produção
média de oito unidades por dia, no mesmo ano a VW lançou o seu primeiro
veículo produzido no Brasil: a Kombi. Seu nome deriva de “combinado”,
isto é, veículo que combina transporte de passageiros e carga. Tinha
grande capacidade interna de carga (810 kg, mais tarde elevada, de
acordo com os aumentos de potência de seu motor), pequena distância
entre eixos, duas amplas portas laterais e uma porta traseira que dava
acesso a uma espécie de porta-malas sobre a plataforma do motor.
Para aumentar o
espaço interno de carga podia-se retirar os dois bancos traseiros.
Entretanto, sua forma, suspensão e grande altura do chão
caracterizavam-na como veículo extremamente instável (alcançava 93
km/h).
Dois anos pós o
lançamento da Kombi, a VW lançou seu primeiro automóvel, o sedã 1200.
Chamado de “besouro” ou “fusquinha” pelo público, o primeiro modelo
apresentava o mesmo motor da Kombi: quatro cilindros opostos dois a
dois, refrigerado a ar, 1192cm3, relação de compressão de 6,6:1, 36cv a
3700 rpm (110 km/h e 10km/litro), câmbio de quatro marchas à frente
(primeira não sincronizada), tração traseira, carroceria de aço com dias
portas, suspensão dianteira e traseira independentes com barras de
torção cada uma, estabilizador e amortecedor de dupla ação, freios
hidráulicos nas quatro rodas, sistema elétrico de 6 volts. Diferia da
Kombi apenas pelas dimensões: 4,07 m e 740 kg (a Kombi media 4,19m e
pesava 1100kg).
O sedã, planejado por
Ferdinand Porsche em 1933 e lançado na Alemanha em 1939, sofreu poucas
modificações importantes, mantendo o aspecto externo geral semelhante ao
do primeiro projeto. Na época de seu lançamento introduziu concepções
inovadoras, mas, quando foi lançado no Brasil, já estava ultrapassado e,
como a Kombi, não oferecia nível satisfatório de estabilidade.
VW 1960 NOVOS MODELOS
Até 1962 a VW do
Brasil havia fabricado apenas esses dois modelos, mas nesse ano lançou o
Karmann Ghia. A VW fornecia o chassi e os componentes mecânicos,
e a KG produzia a carroceria e cuidava da montagem e acabamento. O
veículo voltava então à VW, responsável pela venda e assistência
técnica.
VW 1965 com teto solar, modelo que não teve boa aceitação e que recebeu na época o apelido de "cornowagen"
De linhas afiladas
e penetrantes e altura reduzida, o carro atingia, com mecânica idêntica
à do seda, 118 km/h e 9,1 km/litro na cidade (em condições normais).
Como o sedã, o Karmann Ghia apresentava baixa aceleração (mais de 30
segundos de 0 a 100 km/h), mas tinha muito mais estabilidade.
Quatro diferentes versões do Karmann Ghia, outro modelo com que a VW tentou conquistar o mercado de verículos esportivos: no alto, à esquerda, a versão de 1964, e à direita o modelo KG Conversível de 1968; acima à esquerda o KG 1969 e à direita o modelo TC de 1975
Em 1967 a VW
começou a modernizar seis veículos com um motor 1300cm3 ( 46cv a
4600rpm) para o seda e outro, de 1500 cm3 (52cv a 4600 rpm) para a Kombi
e o Karmann Ghia. A maior potência permitiu ampliar a capacidade de
carga da Kombi para 970 kg. Sua suspensão foi reforçada por um
estabilizador traseiro. Os pneus ficaram mais largos e adotaram-se banco
individual para o motorista, com várias regulagens e limpador de
pára-brisas de duas velocidades. Ao mesmo tempo a VW introduziu a versão
pick-up da Kombi, equipada com carroceria de aço.
VW 1967 "Pé-de-Boi". Era um modelo econômico mas não se impôs no mercado Kombi pick-up 1969 Kombi Luxo 1973 Kombi 1976
O sedã 1300 passou
a atingir quase 120 km/h, e o KG 1500, mais de 135 km/h (de 0 a 100 km/h
em 26,3 segundos). Todos os modelos receberam melhorias no sistema de
frenagem, com redimensionamento dos órgãos. Os limpadores de pára-brisa
ganharam palhetas mais eficientes, o comutador de fachos do farol mudou
para a alavanca do pisca-pisca, e introduziu-se uma série de
melhoramentos para aumentar o conforto e a segurança dos carros.
OS VW MÉDIOS
A partir de 1969 a
VW começou uma grande ofensiva no mercado, lançando novos modelos na
faixa dos carros médios, para concorrer com o novo modelo da Ford, o
Corcel, lançado em fins de 1968. O primeiro deles, introduzido em
janeiro de 1969, foi o novo sedã 1600, quatro portas, um veículo médio
que oferecia maior conforto e maior capacidade de carga à família de
classe média que desejava manter-se fiel à marca e à característica do
motor traseiro refrigerado à ar. O novo propulsor, de 1584cm3,
desenvolvia 58cv a 4400 rpm e proporcionava ótimo desempenho.
Problemas
relacionados ao desempenho do carro impediram sua penetração definitiva
junto ao público a que se destinava (apesar de, por sua robustez e
eficiência, ganhar a preferência dos motoristas de táxi). Sua fabricação
cessou em 1970.
VW 1600 quatro portas luxo, 1969
Ainda em 1969 a VW
lançou a perua Variant, veículo baseado no malogrado sedã quatro portas
1600, mas com problemas de projeto já resolvidos. Utilizava também
propulsor 1600, mas com carburação dupla e ventoinha horizontal (motor
plano), o que diminuía a altura necessária para o motor. Assim, na parte
traseira do veículo, sobre o motor, havia ampla área de carga,
complementada por outra no porta-malas dianteiro.
Variant 1969
Esse veículo
destinava-se a disputar a vaga deixada pela Vemaguet com a Belina da
Ford (apresentada, entretanto, só em 1970). O motor mais forte (65cv a
4600rpm), graças à adoção de dupla carburação, atendia plenamente às
solicitações decorrentes da maior capacidade de carga.
Com a Variant a VW
passava a oferecer uma opção mais confortável de carro familiar. E
começava a criar o princípio de manter o consumidor sempre fiel à mesma
marca, apresentando uma linha mais ampla de veículos.
Logo
depois a VW aproveitou o motor 1600 no Karmann Ghia, tornando-o mais
potente e mais próximo de um modelo esporte. As talas mais largas
utilizadas no KG destinavam-se a lhe proporcionar maior estabilidade em
função de sua velocidade mais elevada (aproximadamente 140 km/h).
Em agosto de 1970,
com base na nova linha da Variant, a VW introduziu um cupê duas portas,
o TL, em substituição ao 1600 sedã quatro portas. Com a mesma mecânica e
linha da perua Variant (a diferença estava na linha traseira do teto,
mais inclinada), esse veículo oferecia o mesmo conforto. Tinha um bom
espaço de carga, graças a uma porta traseira pequena que dava acesso à
plataforma sobre o motor. Quanto ao desempenho, a Variant chegava a uma
velocidade de 135 km/h e acelerava de 0 a 100 km/h em 20,6 segundos. O
TL alcançava a marca de 140 km/h e acelerava de 0 a 100 em 20 segundos.
VW TL 1970
Mantendo ainda o 1300 sedã,
a VW completou sua linha com o 1500 sedã ( o Fuscão). Com maior
potência, maior velocidade (126km/h) e maior aceleração (0 a 100 em 22,5
segundos) que o 1300, recebeu melhores freios (opcionalmente a disco),
melhor estabilidade (bitolas dianteira e traseira mais largas) e barra
estabilizadora.
Na mesma época
realizou-se o lançamento do novo modelo do KG: o TC, com mecânica 1600,
dois carburadores e ventoinha plana (142 km/h, de 0 a 100 em 19,9
segundos).
Em 1971 a VW
tornou mais afiladas as frentes do TL e da Variant, manteve os quatro
faróis e diminuiu um pouco a altura do porta-malas dianteiro. O TL teve
uma nova versão, de quatro portas, mas não conseguiu impor-se no
mercado. A VW o retirou da produção normal, juntamente com o TC, em
1976.
NOVAS SOLUÇÕES
A VW do Brasil
nunca conseguiu penetrar anteriormente no mercado de carros esportivos.
Em vista do êxito da Puma na fabricação de carros esportivos com
mecânica VW, a fábrica resolveu explorar essa faixa. Utilizando dois
motores (à escolha do cliente), um igual ao da Variant de 1600 cm3, e
outro, preparado, de 1700 cm3 (75cv a 5000rpm), o departamento de estilo
da fábrica desenvolveu um carro muito baixo, esportivo, com linhas da
frente que lembravam as da Variant e traseira de linhas arredondadas e
modernas. Mas, o desempenho do carro, em suas duas versões (SP1 e SP2)
decepcionou. Muito pesado – devido à carroceria de aço, pesava 890 kg –
para a pequena potência do motor, o SP1 (motor 1600) chegava a apenas
149 km/h e o SP2 (motor 1700) a 161 km/h. Relativamente dispendioso para
a fábrica (construído em série pequena demais para a empresa,
especializada em produzir grandes quantidades), também saiu da produção
normal em 1976, para ser produzido apenas sob encomenda.
O grande
lançamento da VW após o da Variant foi a Brasília. Essa perua pequena
(uma espécie de mini-Variant), com grande área envidraçada, linha mais
retas e interior totalmente redesenhado para oferecer maior espaço
interno aos passageiros, alcançou grande êxito de vendas. Utilizava a
mesma mecânica do seda 1600 de quatro portas, com carburação simples (o
baixo rendimento desse motor levou a fábrica a oferecer como opcional
uma versão com dupla carburação, que desenvolvia 65cv a 4600 rpm, contra
os 58cv a 4400 rpm da carburação simples).
Em 1975 a VW
produziu 126.352 unidades da Brasília contra 186.676 do seda 1300
(incluindo o 1300 e o 1300 L).
Brasília 1976
Depois do
vitorioso lançamento do Passat na Alemanha, a VW passou a fabricá-lo
também no Brasil. Apresentado em junho de 1974, tornou-se o primeiro
carro da marca a contradizer toda a filosofia anterior da fábrica: motor
e tração dianteiros e refrigeração a água (todos os modelos anteriores
tinham motor e tração traseiros e refrigeração a ar). Representou mais
uma tentativa da VW de penetrar na faixa de carros médios.
O motor de quatro
cilindros, refrigerado a água, de 1471cm3 e relação de compressão 7,4:1,
desenvolvia 78cv a 6100 rpm. Utilizava a mesma carroceria do modelo
alemão, inicialmente apenas na versão duas portas; complementaram a
linha uma versão quatro portas, introduzida em novembro de 1974, e
outra de três portas, apresentada em março de 1976, todas elas em
modelos simples, luxo (L) e Super Luxo (LS).
Passat duas portas 1974
O Passat
caracterizava-se pela junta homocinética, ângulo negativo de rolagem,
duplo circuito de freios em diagonal e ventilador controlado por
termostato (no motor). Atingia 150 km/h e acelerava de 0 a 100km/h em
15,3 segundos, apesar da baixa cilindrada do motor, graças ao peso de
860 kg e ao desenho aerodinâmico de Giorgio Giugiaro.
Essas
características garantiram seu êxito em corridas brasileiras de Divisão
L na categoria até 2000cm3.
O carro
apresentava ainda suspensão dianteira independente tipo McPherson,
braços triangulares, molas helicoidais, amortecedores telescópicos,
estabilizador; e suspensão traseira com eixo rígido oscilante, por barra
de torção, braços longitudinais e estabilizador diagonal, molas
helicoidais e amortecedores telescópicos de dupla ação.
O público, no
entanto, apresentava uma reclamação em relação ao carro: os pneus
radiais, importantes para a geometria da direção e da suspensão, eram
excessivamente duras para o tipo de calçamento e para as condições
encontradas na maior parte das estradas brasileiras, provocando
vibrações em toda estrutura do veículo.
Passat quatro portas 1975
Em dezembro de
1975, atendendo à solicitação de muitos clientes – que viam no Passat um
carro quase esportivo, que precisava apenas de um pouco mais de preparo
– a VW lançou o modelo TS, uma versão esportiva, com quatro faróis
dianteiros, faixas laterais pintadas em preto com o logotipo TS na
coluna traseira, interior mais esportivo, com conta-giros, manômetro de
óleo, volante esportivo, relógio, acabamento mais luxuoso, motor de 1588
cm3, de 96cv a 6100 rpm, pneus mais largos, velocidade máxima de 160
km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 13,2 segundos. Com comportamento
idêntico ao dos outros carros de linha, apresentava como pontos altos a
boa aceleração e a retomada de velocidade.
Passat TS 1976
Entretanto, a VW
não abandonou seus modelos tradicionais, os sedas 1300 e 1500 (o Fuscão).
Lançou inicialmente uma série experimental, o sedã 1600 S (o Super
Fuscão), com o mesmo motor da Brasília de dois carburadores, que
proporcionavam maior economia e rendimento muito superior. O carro
recebeu rodas mais largas e acabamento esportivo. A boa aceitação desse
modelo fez com que a VW abandonasse o 1500 (já não tão procurado pelo
público, principalmente devido à elevação do preço do combustível)
substituindo-o pelo modelo 1600 com dupla carburação, agora despojado do
acabamento esportivo. Na mesma época a fábrica introduziu o modelo
1300L, com a mesma mecânica do 1300 normal e o acabamento mais luxuoso
do 1600.
A VW, além dos
modelos normalmente fabricados para o público brasileiro, ainda mantinha
em fabricação o TL e a Brasília de quatro portas para exportação tanto
de veículos completos como desmontados. Em 1975, por exemplo, o total de
veículos exportados foi de 59+172 unidades. O valor das exportações,
incluindo também peças e componentes mecânicos, atingiu 141,2 milhões de
dólares.
TL quatro portas, 1974
Maior fábrica da
VW fora da Alemanha, a VW do Brasil era também a maior fábrica
brasileira de automóveis. Em 1975 detinha 62,2% do total nacional da
produção de carros de passageiros e 46,3% da produção de utilitários.
Sua participação
global no mercado automobilístico brasileiro, incluindo todas as
empresas nacionais produtores de veículos, era, ainda em 1975, de 54%.
Variant 1975 Linha completa de modelos VW para 1976 (Kombi, Passat, SP2, Brasília, Variant, Sedã 1600 e 1300 Vermelho: VW 1500 fuscão 1970; Branco: VW 1300 1975; Amarelo: VW 1600 S de 1975; Amarelo à direita: VW 1300 L de 1976 |
Ano |
Eventos
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1950
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No mês de novembro,
chegam ao Brasil os 30 primeiros VW.
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1953
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Em um galpão alugado
em São Paulo, começa a montagem do VW 1200
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1956
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Inicia-se a
construção da primeira fábrica no Km 23,5 da Via Anchieta em São Bernardo
do Campo - SP. De 1953 a 1956 são montados 2.268 unidades com peças
trazidas da Alemanha.
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1957
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No mês de setembro
inicia-se a produção do primeiro veículo fabricado pela VW no Brasil, a
Kombi.
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1959
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No dia 3 de janeiro
inicia-se a fabricação do VW Sedan 1200. A fábrica é inaugurada
oficialmente no dia 18 de novembro.
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1962
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O
Fusca lidera as vendas no mercado brasileiro com mais de 31 mil unidades.
Tem inicio a
fabricação do Karmann Ghia (tipo 14).
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1967
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Em 4 de julho a
produção total chega a 500 mil veículos fabricados. O motor 1200 é trocado
pelo 1300 e o vidro traseiro se torna 20% maior. Inicia-se a produção do
Puma com mecânica VW 1500.
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1968
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Em dezembro é
lançado o VW 1600 quatro portas (Zé do Caixão). O Fusca passa a utilizar
sistema elétrico de 12 volts.
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1969
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Aparece o VW 1600
Variant.
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1970
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Aparece o VW Sedan
1500 (Fuscão), com faróis traseiros um pouco maiores e tampa do motor com
aberturas para ventilação.
No
final do ano surge o VW TL 1600.
Aparece o novo
Karmann Ghia TC.
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1971
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É encerrada a
fabricação do VW 1600 (zé do caixão), depois de 24.475 unidades
produzidas.
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1972
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A produção do fusca
alcança 1 milhão de unidades produzidas. Em junho aparece o esportivo SP-1
(65cv), SP-2 (75cv). É encerrada a produção do Karmann Ghia (tipo 14).
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1973
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Neste
ano são vendidas 224 mil unidades, representando 40% de todas as vendas de
veículos no Brasi. Surge a Brasilia.
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1974
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Surge o VW 1600
(Super Fuscão). A VW é recordista em vendas com 237.323 vendidas em um
ano. Em setembro é iniciada a fabricação do VW Passat 1500.
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1975
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É encerrada a
produção do Karmann Ghia TC. A Puma adota o chassis da Brasília.
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1976
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A produção do Fusca
chega a 2 milhões. Surge o Passat TS 1600. Em fevereiro o SP-2 deixa de
ser produzido (total fabricado: 10.205 unidades, sendo 88 unidades do
SP-1). A TL também deixa de ser produzida (total fabricado: 109.313
unidades)
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1977
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A Variant deixa de
ser produzida. É lançada a Variant II, com suspensão dianteira McPherson.
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1979
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São utilizadas luzes
traseiras circulares grandes (no fusca) e é introduzido o motor a álcool
(fusca, Brasília).
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1980
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No mês de maio é
lançado o Gol 1300, com motor dianteiro refrigerado a ar e tração
dianteira. A Variant II é retirada de linha (total de unidades produzidas:
41.002).
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1981
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Surge o Voyage, com
motor dianteiro refrigerado a água, derivado do Passat e o Gol adota
também o motor 1600 a ar.
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1982
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Em março é suspensa
a fabricação da Brasilia (cerca de 1 milhão de unidades fabricadas em 9
anos). Aparecem os modelos derivados do Gol (Parati e Saveiro). O VW adota
oficialmente o nome FUSCA para os veículos que até então já vinham sendo
chamados de “fusca”.
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1985
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Começa a produção do
VW Santana. Fusca recebe novo motor a álcool de dupla carburação.
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1986
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Em 31 de outubro é
produzido o último fusca, o de número 3.321.251 desde 1959.
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1987
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É criada a
Autolatina, uma joint-venture entre a VW e Ford. Aparecerem VW com motor
Ford e Ford com motor VW.
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1988
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Chega ao fim a
produção do Passat (mais de 800.000 unidades produzidas).
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1993
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No dia 23 de agosto
é reiniciada a fabricação do Fusca. O então presidente do Brasil, Itamar
Franco, interessado em gerar mais empregos e produzir um automóvel
popular, incentivou a VW do Brasil.
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1994
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Depois do fracasso,
chega ao fim a Autolatina (Ford e VW se “separam”)
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1996
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No dia 11 de julho,
depois de apenas 47.700 unidades produzidas, o Fusca deixa de ser
novamente produzido.
O total de fuscas produzidos no Brasil chegou a 3.367.390 unidades. |
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No ano de 1962,
apenas três anos depois da fabricação do primeiro Fusca no Brasil,
inicia-se a fabricação do Karmann Ghia (tipo 14) com motor de 1200 cm3,
com as mesmas características do modelo original alemão.
A VW do Brasil
produzia o chassis e os componentes mecânicos e a Karmann Ghia do Brasil
fabricava a carroceria e realizava a montagem e o acabamento. Em seguida o
veículo retornava à VW que era a responsável pelas vendas e assistência
técnica.
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O modelo brasileiro
tinha pára-choques diferentes e pára-lamas com pequenas alterações
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No ano de 1967 o KG
passou a utilizar o motor de 1500 cm3.
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Em janeiro de 1968 é
lançado o Karmann Ghia conversível. Somente foram produzidas 177 unidades.
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No ano de 1970 o KG
passou a ser equipado com motor 1600 cm3, vidros traseiros com abertura
regulável e luzes traseiras maiores.
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Em 3 de agosto de
1970 é lançado o novo Karmann Ghia TC (Touring Coupé), com modelo
desenhado no Brasil. Tinha motor de 1600 cm3, igual ao utilizado no
Variant (tipo 3)
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No ano de 1972
encerra-se a fabricação do Karmann Ghia (tipo 14) e no ano de 1975
encerra-se a fabricação do Karmann Ghia TC.
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SP-2, UM MITO
BRASILEIRO
No início da década
de 70, os automóveis esportivos no Brasil eram o Karmann Ghia (produzido
pela VW e Karmann Ghia do Brasil) e o Puma, produzido por uma empresa
independente mas que utilizava componentes mecânicos da VW.
Nesses anos a
importação de veículos pelo Brasil era proibida e por isso essas eram as
únicas opções para quem queria um automóvel esportivo.
Como as vendas do
Karmann Ghia não tinham o mesmo sucesso das do Puma, a VW decidiu
participar do mercado de automóveis esportivos com um modelo novo, audaz e
moderno.
A resposta da VW foi
um automóvel totalmente desenhado no Brasil, não uma adaptação baseada no
chassis do fusca. Com estilo aerodinâmico e agressivo, ainda belo até
hoje. Sua frente era inspirada no modelo VW 412 alemão, com faróis duplos,
igual a toda linha brasileira de automóveis.
O protótipo foi
apresentado em março de 1971 na Feira da Indústria Alemã de São Paulo e em
julho de 1972 foi lançado com muito sucesso no mercado.
Três mil unidades foram produzidas naquele segundo semestre de 1972.
O SP-2 tinha motor
de 1.679 cm3, com dupla carburação (Solex 34 PDSIT), 75CV, freios a disco
dianteiros, frisos laterais refletivos, limpadores de pára-brisa
pantográficos, pára-choques de borracha. Painel bastante completo, com
velocímetro, conta-giros, relógio, amperímetro, marcador de combustível e
temperatura do óleo, luzes nas portas, acendedor de cigarros embutido,
bancos em couro, cintos de segurança de 3 pontos, pneus radiais.
Inicialmente foi
produzido o SP-1, com motor de 1.584 cm3, do qual somente 88 unidades
foram produzidas.
O SP-2 continuou em
linha até fevereiro de 1976, sendo produzidas 10.205 unidades.
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VW tipo 3 no Brasil |
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Seguindo o exemplo
de matriz alemã, a filial da VW no Brasil, no ano de 1968, lançou o VW
1600 quatro portas, que ficou conhecido como Zé do Caixão.
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No ano seguinte,
1969, lançou o VW Variant 1600
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Depois, em 1970,
trocou o farol retangular dianteiro de toda linha por faróis duplos
redondos.
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Também em 1970,
lança o VW TL 1600.
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No ano de 1971,
suspende a fabricação do VW 1600 quatro portas (Zé do Caixão). Foram
produzidas um total de 24.475 unidades.
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Em 1972 os modelos
da Variant e da TL recebem novo estilo de frente
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No ano de 1973 é
lançada a Brasília. Com linhas modernas e retas, ampla área envidraçada.
Era econômica e espaçosa e mantinha a robustez VW.
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A família VW para 1975 |
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No ano de 1976
paralisa-se a fabricação do VW TL 1600 (109.285 unidades produzidas). No
ano de 1977 paralisa-se a fabricação do VW Variant 1600 (250.000 unidades
produzidas)
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O VW Variant II, uma
versão mais moderna, foi produzida entre dezembro de 1977 a 1980 sem muito
sucesso. Mecanicamente mais moderna, com suspensão dianteira tipo Mc
Pherson, motor 1600 cm3 e dupla carburação (parecia uma Brasília mais
grande).
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No ano de 1982 A
Brasília é retirada de linha (950.000 unidades produzidas no total)
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Fonte: Carros antigos
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